Ressurgindo das cinzas

A vida na Califórnia acabou, mas muitas coisas boas ficaram na memória e o principal foram os resultados desse blog. Muitas pessoas entraram em contato comigo durante esses dois anos do blog e acredito que 90% delas que vieram aflitas perguntando sobre o processo de seleção do CsF, a qualidade de vida de um estudante bolsista nos EUA e diversos detalhes que só quem entra nessa vibe conhece, hoje estão em algum lugar na terra do Tio Sam.

Fico muito feliz por isso, pois creio que se todos pudessem fazer um intercâmbio, conhecer outra cultura, sair da sua zona de conforto teriam um crescimento pessoal e profissional notável e teria mais vontade fazer algo pelo seu país.

Por agora, na verdade, desde o início do ano, não sei mais o que escrever relacionado as minhas experiências por lá, mas não descarto a possibilidade de voltar a escrever daqui a um tempo e quem sabe estarei de volta por lá para continuar a saga de vivendo na Califórnia.

Gostaria de comentar sobre uma matéria do Globo Repórter de alguns dias atrás sobre a Califórnia. Aconteceu algo engraçado enquanto estava assistindo com os meus pais. Embora eu conhecesse boa parte do que foi mostrado, eu estava maravilhada com tudo aquilo. Parecia que acontecia um Inception, onde ter ido para Califórnia foi um sonho e dentro do sonho eu assistia aquilo. Em meio a esse devaneio, meu pai ficou olhando para mim e quando percebi seus olhos sobre mim, ele disse que meus olhos brilhavam. Ele teve a certeza que eu amei tudo que vivi. Às vezes me pego pensando que tudo foi um sonho, e quando vejo as diversas de fotos que tirei por lá e troco mensagens com os amigos que também tiveram a mesma experiência, começo a me dar conta que foi real.

Gostaria de pedir desculpa as pessoas que entraram em contato comigo que eu demorei para responder ou até mesmo não respondi. A verdade é que tive um semestre bem corrido e intenso. Atualmente, faço mestrado em Ciência da Computação na Universidade Federal de São Carlos e tive que me dedicar aos estudos relacionado a diversas disciplinas. Graças ao intercambio consegui decidir minha área de pesquisa: Interação Humano-Computador e durante um bom tempo estarei focada na realização de mais um sonho: concluir meu mestrado e fazer bom proveito dele, seja dando aula, pesquisando ou até trabalhando em alguma empresa da área, aqui no Brasil ou no exterior. Sim, as opções e oportunidades multiplicaram e voltei a fase de escolhas.

Boa sorte a todos e até logo.

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Turistando em outros países… #Europa

Quem nunca foi para a Europa pelo menos tem um amigo que foi.

Para mim o termo “Europa” é tão engraçado quanto “América”. Quando você está nos EUA, você não escapa da pergunta: “O que você mais sente falta do Brasil que não tem na América?”. É um pouco confusa essa pergunta, 1) “Onde estou mesmo?”, Brasil está no continente americano, não?; 2) Pizza de verdade (da minha mãe de preferência). Enfim, voltando para a Europa, o termo é engraçado, mas faz um pouco de sentido. Já li alguns blogs sobre mochilão pela Europa e a dúvida não é quais cidades você irá visitar e sim quais países: França, Itália, Inglaterra, Espanha, Portugal, … coisa básica, então faz sentido generalizar.

Se você é bolsista do CsF, juntou um grana e está querendo planejar uma viagem para o próximo break, como SPRIIIIIIIIING BREAAAAAK, por que não ir para a Europa? Escolha os países e divirta-se.

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Turistando em outros países… #Canadá (Parte 2)

Voltando a segunda parte da minha visita ao Canadá. Gostaria de lembrar que antes de planejar uma viagem como essa verifique se o seu edital permite!

7. Transporte público

O transporte público de Montreal foi a primeira coisa que desfrutei na cidade. Sem medo, esclareci algumas dúvidas sobre ônibus, metrô e aplicativos para acompanhar os horários e localização dos veículos. Entrei em um ônibus que saía do aeroporto (fiquei fascinada, pois tinha WiFi no ônibus), em seguida um metrô e uma pequena caminhada para o local da minha estadia. Tive oportunidade de aproveitar quase todos os tipos de transporte (até no barco que passava próximo as cataratas). Fui de Montreal para Toronto de trem (também com WiFi) e fui para a cidade de Niagara Fall de trem e ônibus. Eu achei muito bem organizado o transporte público tanto de Montreal quanto de Toronto e não tive nenhum problema de chegar nos locais que queria. “Quem tem boca vai a Roma”.

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Companhia de trem que usei para ir de Montreal a Toronto

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Turistando em outros países… #Canadá (Parte 1)

Esse post tem a intenção de dar uma breve orientação do que um intercambista, principalmente do CsF, tem que fazer para passar alguns dias no Canadá.

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E a vida continua no Brasil…[5]

Hoje é dia da minha amiga e mãe adotiva de Davis dizer um pouco da sua experiência em Davis. Diferente de outros bolsistas do Ciência sem Fronteiras, Leila Ullmann, foi fazer Doutorado Sanduíche com apoio da FAPESP. Quase doutora em veterinária, ela é um exemplo da busca por coisas novas e momentos únicos, como passar algumas tardes na sua casa aconchegante junto com os irmãos.

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Coisas interessantes acontecendo por aqui – Brasil

Fugindo um pouco da Califórnia e focando mais no que anda acontecendo no Brasil e na minha universidade decidi participar da Semana de Tecnologia da Informação promovida anualmente pelo UNIVEM. Achei muito interessante a evolução desse evento com palestras e minicursos interessantes sobre as tecnologias que estão virando tendência na área, como o NoSQL (um banco de dados) – calma, esse post não é sobre assuntos técnicos –, e além disso ouvir que grandes empresas utilizam esse novo paradigma de banco de dados, como Facebook, Twitter e afins, e a importância do Teste de Software, que me cativa por estar relacionado a área de Engenharia de Software. Continuar lendo

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O que vem pela frente?

Muitas coisas! Agora é hora de usar todo conhecimento adquirido durante esses 5 anos de graduação no Brasil e nos Estados Unidos. Eu, felizmente, tenho um fruto: o meu trabalho de conclusão de curso.

Desde o início da minha graduação, o meu intuito era criar algo que ajudasse na prática a sociedade, que contribuísse para sanar dificuldades especificas do ser humano através da tecnologia. Existem muitos problemas que necessitam de soluções provindas de profissionais da área de TI, muitos desses problemas estão escondidos nas áreas médicas e humanas, porém nem todos estão atentos ou interessados em procurar esses problemas. Encontrei um problema na área de fonoaudiologia: a falta de ferramentas de custo acessível de apoio à terapia de crianças com distúrbios fonológicos. Continuar lendo

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E a vida continua no Brasil…[4]

Você se sente bem vindo em um lugar quando se encontra com pessoas felizes por estarem ali, foi o que senti quando conheci Maria Cecilia Lemes, mais conhecida como Ciça. Convivemos pouco tempo, mas foi o suficiente para conhecer a adorável cantora e engraçada Ciça, que nunca deixou de expressar sua paixão por Davis. Ela voltou para o Brasil e concluiu sua graduação em Zootecnia na Universidade Federal de Lavras e em homenagem a seu um ano longe de Davis, poderemos conhecer um pouco sobre sua vida paralela vivida durante alguns meses, que ela jamais esquecerá. Continuar lendo

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E a vida continua no Brasil…[3]

Além de conhecer a cultura americana e de outros países, também pude conviver com a diversidade da cultura brasileira. O mais interessante e divertido foi conhecer uma pessoa do Norte do país, brasileiro como eu, mas com suas peculiaridades. Érico Shimada Rabello, mais conhecido como Japa, foi meu housemate e me ensinou gírias e expressões diferentes, além de seu gingado, e me fez compreender o quão rico de informação é nosso povo e tão pouco que sabemos sobre ele. O meu ouvinte e companheiro de conversas da madrugada e a qualquer hora que eu precisasse. Alguém que sabia ouvir e opinar sobre diversos assuntos. Foi um ano de aprendizagem e diversão, e por consequência uma amizade que durará décadas. Érico é estudante de Engenharia Civil na Universidade Federal do Pará e conta como foi conhecer novos mundos, como EUA e Japão. Continuar lendo

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E a vida continua no Brasil…[2]

Esta é a segunda parte dos depoimentos pós-CsF e como ontem foi aniversário do meu amigo-irmão e algumas vezes meu pai em Davis, fica aqui também uma homenagem. É incrível como a convivência de quase um ano nos faz se sentir bem e gostar tanto de alguém. É assim que me sinto com Felipe Fadel Sartori. Durante nove meses, moramos e estudamos juntos em Davis, porém deixamos de ser housemates quando ele foi fazer estágio na University of Illinois em Champaign por três meses. Foi difícil dizer tchau, mas nada disso abalou nossa amizade. Ele, estudante de Agronomia na Universidade Estadual de Ponta Grossa e quase formado, relatou como foi essa mudança entre estados e como foi voltar para o Brasil. Continuar lendo

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